terça-feira, 5 de outubro de 2010

Portugal país soberano - Tratado de Zamora

Hoje comemora-se o centenário da república, mas quem se lembra que foi neste dia, à 867 anos, que Portugal se tornou no País soberano? Pois é, desde o Tratado de Zamora que somos um país, vamos dar um pouco mais de importância a esta data!
O Tratado de Zamora foi o resultado da conferência de paz entre Afonso Henriques e o seu primo, rei Afonso VII de Castela e Leão, a 5 de Outubro de 1143, marcando geralmente a data da Independência de Portugal e o início da dinastia Afonsina. Após uma vitória em Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques consolidou a sua posição para formar um novo Reino, com o apoio do Arcebispo de Braga.
Foi neste dia, 5 de Outubro de 1143, que D. Afonso Henriques se tornou no primeiro Rei de Portugal, ou seja, D. Afonso I de Portugal .


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sábado, 25 de setembro de 2010

Hidratantes Hipoalergénicos

Com o habitual uso por parte das mulheres e cada vez mais frequente pelos homens, os cremes para o corpo, pés e mãos, têm de ser hoje em dia cada vez mais investigados e testados para dar aos clientes uma boa garantia de segurança.
Na minha passagem por uma farmácia, retirei um folheto que explica algumas diferenças entre os cremes:

- Qual a diferença entre cremes hidratantes hipoalergénicos e dermatologicamente testados?

- Existem cremes no mercado que são apenas dermatologicamente testados.

.Os produtos clinicamente/dermatologicamente testados são produtos que foram submetidos a um Teste de irritação primária, que é um teste em que se coloca uma quantidade excessiva de creme numa pequena zona limitada que posteriormente é coberta durante 48 horas. Até 8 dias após a colocação do creme verifica-se o aparecimento ou não de irritações cutâneas. Este teste é realizado entre 8 a 12 voluntários.

Os produtos hipoalergénicos são submetidos a dois tipos de estudos clínicos: Teste de Irritação primário e HRIPT (Human Repeated Insult Patch Test). O teste HRIPT é um teste em que se coloca uma quantidade excessiva de creme numa pequena zona limitada que posteriormente é coberta durante 6 a 8 semanas.
Após esse período de tempo, verifica-se o aparecimento ou não de irritações cutâneas, não podendo existir nenhuma reacção/irritação na pele para que o produto possa ser considerado hipoalergénico.
Este teste é realizado entre 50 a 100 voluntários humanos.

Agora após esta indicação, já pode escolher o seu creme!

António

Ternura dos quarenta - Paco Bandeira

Composição: Paco Bandeira
 
Quando penso o que passei
Fronteiras de solidão
Tinha prá dar e não dei
Olhei para mim e pensei
Não tenho nada na mão
Tive o tempo e não senti
Tive amores e não amei
Os amigos que perdi
E as loucuras que vivi
São tantas que já não sei

[refrão]

Quem eu era, quem sou eu e quem pareço
Se alguém hoje me espera, com certeza que mereço
Mereço ainda ,amor a tua presença
Para enfrentar a vida, com a ternura dos quarenta
Foram tantas as idades
Da vida que atrás deixei
Não quero sentir saudades
Vou em outras amizades
Amar o que não amei
Os copos que não bebi
Os discos que não toquei
Os poemas que não li
Os filmes que nunca vi
As canções que não cantei

[refrão]

Meus amigos, importante é o sorriso
Para seguir viagem
Com a coragem, que é preciso
Não adianta ,deitar contas a vida
A ternura dos quarenta
Não tem conta, nem medida

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Josefa, a bombeira

Estava a ler meus e-mails atrasados e achei que este deveria publicar no meu blogue.
Assim me foi enviado por uma colega e amiga:

Josefa, a bombeira

"Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos - e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos. Afinal, uma jovem daquelas que frequentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatária de juventude.
Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão.
Daí não a conhecermos, à Josefa. Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: "Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas."
Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar... Aconteceu: Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça. A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui. Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos.
Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das "Josefas que são o sal da nossa terra?"
 
Por FERREIRA FERNANDES, Diário de Notícias

 Divulgue............ ela merece os 15m de glória…
 Vamos dar-lhe um minuto de atenção.
 E honrar a sua memória, que o seu exemplo seja seguido por muitos !!!

 António

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Regresso às aulas! Aprender a aprender

  Com o Setembro começam  as aulas por todo o país, os preparativos para o inicio das aulas e os estudantes preparam-se para mais um ano lectivo.

  • Alguns conselhos, truques a conhecer e erros a não cometer:
  1. Método é fundamental. Mais vale estudar pouco e bem do que muito e mal.
  2. Estuda não só pelas notas, mas pelo desafio de saber sempre mais.
  3. Organiza um horário de trabalho e cumpre-o, como se estivesses a trabalhar numa empresa.
  4. Se encontrares uma dificuldade, não desanimes. Avança para a matéria seguinte e mais tarde volta ao principio. Por vezes, o que se segue explica melhor aquilo que ficou para trás.
  5. Aprende a fazer esquemas, desenhos, esboços e resumos do assunto.
  6. Divide bem o tempo entre o estudo e as diversões. Para ser bom aluno, não é preciso renunciar às outras coisas da vida.
  7. Consulta um dicionário sempre que encontrares palavras que não conheces.
  8. Não saibas apenas as coisas de cor. Tenta relacionar o que aprendes de novo com o que já aprendeste anteriormente.
  9. Tenta ter a matéria em dia.
  10. Sempre que puderes, lê um livro.
  11.    
    Adaptado do livro "Motivar os alunos", de Mª José Balancho e Filomena Manso Coelho, Texto Editora.
     










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    quarta-feira, 25 de agosto de 2010

    Incêndio do Chiado - 22 anos

            Não sei se se lembram ou se já eram nascidos, mas hoje, 25 de Agosto, faz anos do grande incêndio no século XX em Lisboa (foi no ano de 1988), que destruiu muitos edifícios desta cidade entre os quais o mais conhecido Os Armazéns do Grandela.   

          As chamas destruíram uma parte importante do centro de Lisboa. Duas décadas depois do grande incêndio do Chiado, a data que marcou a história recente da capital portuguesa. Muitos viveram de perto esta tragédia, outros têm memória do difícil combate às chamas ou da complexa reconstrução desta zona da cidade.
         O incêndio do Chiado de 1988 deu-se na madrugada, pelas 4.30h, quando segundo testemunhos da época o fogo deflagrou numa montra dos Armazéns Grandela. Em meia hora este edifício foi destruído pelas chamas. Os bombeiros foram avisados às 5.15h chegando ao local em poucos minutos, quando o fogo se tinha já alastrado para o outro lado da rua do Carmo, através dos estores do penúltimo andar dos Armazéns. 
         Com o incêndio do Chiado uma parte da cidade nobre, elegante e comercial do século XIX, referenciada tantas vezes nas obras dos escritores Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Ramalho Ortigão ou Bulhão Pato, perdeu-se e com ela desapareciam: na rua do Carmo, os Armazéns Grandela de 1894 e do Chiado de 1905, a charcutaria de luxo Martins e Costa de 1914, a Perfumaria da Moda de 1909; na rua Garrett, as casas José Alexandre de 1833, Eduardo Martins de 1889 e Jerónimo Martins, esta última em actividade desde 1792; e na rua Nova do Almada, a Valentim de Carvalho de 1920, a pastelaria Ferrari, fundada em 1827, e principalmente a Casa Batalha de 1635, o estabelecimento comercial mais antigo da cidade e do país. 

    Fontes: Sic online (Noticias a toda a hora)
    e


    quarta-feira, 18 de agosto de 2010

    O Pepino


    APÓS LER ESTA MENSAGEM, VOCÊ JAMAIS 
    OLHARÁ O PEPINO
    DA MESMA FORMA! QUE GEMA PRECIOSA 
    É ESTE LEGUME!

    1. PEPINOS contém a maioria das vitaminas que você precisa diariamente, somente um pepino contém Vitaminas B!, B2, B3, B5, B6, C, Ácido Fólico, Cálcio, Ferro, Magnésio, Fósforo, Potássio e Zinco.

    2. Sentindo cansado à tarde, dispense a soda cafeinada e coma um Pepino. Pepinos são óptimas fontes de Vitaminas B e Carboidratos que fornecem aquela '' animação'' que dura por horas.


    3. Cansado de ver o espelho de seu banheiro embaçar após seu banho? Tente esfregar uma rodela de pepino no espelho, isto eliminará a neblina e produzirá uma tenra fragrância como no SPA.


    4. As lesmas e caramujos estão arruinando suas plantas?
    Coloque algumas rodelas de pepino num pequeno prato ou forma de lata (não de ferro nem de alumínio ), em sua horta ou jardim, e as pestes ficarão de longe toda a temporada. As químicas no pepino reagem com o alumínio para dar um cheiro indetectado por humanos mas que deixam as pestes loucas e as fazem fugir da área.
     

    5. Procurando por uma rápida e fácil forma de remover celulite antes de ir à piscina ou praia? Tente esfregar uma rodela ou duas de pepino nas áreas afectadas por alguns minutos, os fitoquímicos no pepino forçam o colágeno de sua pele a encolher, firmando a camada de fora e reduzindo a visibilidade da celulite. Funciona optimamente para as rugas também!


    6. Deseja evitar uma ressaca ou dor de cabeça? Coma algumas fatias de pepino antes de dormir e acordará sem dor e sem ressaca. Pepinos contém bastante açúcar, Vitaminas B e eletrolites para repor os nutrientes essenciais que o corpo perde, mantendo tudo em equilíbrio, evitando ambos a ressaca e a dor de cabeça!


    7. Procurando evitar aquela fome à tarde ou noitinha com alguma coisa? Pepinos têm sido usados por centenas de anos e usados por caçadores Europeus, explora-dores e comerciantes como uma rápida refeição para evitar esfomeamento.


    8. Tem uma importante entrevista de emprego e você se realiza que não tem tempo para engraxar os sapatos? Simplesmente esfregue uma fatia fresca de pepino sobre o sapato, os químicos proverão um rápida e durável brilho que não somente fica óptimo como também repele água. 
     
    9. Não tem em casa o WD-40 para consertar aquele barulhinho enjoado de uma porta rangendo? Tome uma fatia de pepino e esfregue no lugar problemático, e voilá, o rangido se foi!


    10. Cansado, stressado e sem tempo para uma massagem, facial ou visita ao SPA? Corte um pepino inteiro e coloque em uma panela de água fervendo, os químicos e nutrientes do pepino reagem com a água fervendo e se soltam no vapor, criando um relaxante cheirinho que tem sido mostrado de reduzir o stress em novas mamães e estudantes durante exames finais.


     11. Acabou de almoçar e ver que não tem goma de mascar ou balas de hortelã? Tome uma fatia de pepino e esprema no céu da boca com a língua por 30 segundos para eliminar o mal hálito, os fitoquímicos matarão as bactérias responsáveis por causar mal hálito.


    12. Procurando por uma maneira ''verde'' para limpar suas torneiras, pias ou aço inoxidável? Esfregue uma fatia de pepino na superfície que deseja limpar, isto não só remove anos de zinabre e traz de volta o brilho, mas também não deixa marcas e não mancham nem prejudicam suas unhas e mãos enquanto limpa.


    13. Usando a caneta e comete um erro? Tome a casca do pepino ( o lado de fora ) e devagar use-a para desmanchar o erro, também funciona muito bem nos crayons que as crianças deixam nas paredes!!!

    segunda-feira, 16 de agosto de 2010

    Juliette Molland - fundadora do Instituto de Caritas Christi

         Mudando de tema, e através dos meus arquivos, descobri um artigo que achou interessante de divulgar, pois conhecemos as instituições mas não conhecemos quem as fundou ou como se formaram.
       
         "Ser Fermento na Massa"

         A fundadora da Caritas Christi, nasceu em Noves, sudoeste de França, em 27 de Junho de 1902.
    Após o certificado dos estudos primários e o curso de contabilidade, começou aos 16 anos a trabalhar numa empresa de adubos químicos, propriedade de seu pai. Aí desenvolveu a sua vida profissional até ao seu afastamento por motivo de doença (1954), acabando por reformar-se após longa enfermidade em 1962.
         Apesar das responsabilidades na fábrica, Juliette Molland manteve sempre uma disponibilidade total para o serviço da sociedade e da Igreja. Juliette encantará a infância de várias gerações na sua terra natal pela organização de festas, especialmente na festa anual antes da Quaresma, a tal ponto que os pais punham os seus filhos na escola livre atraídos pelas peças de teatro montados por Juliette.
         Durante a segunda guerra mundial foi conselheira municipal, delegada das acções sociais e, apesar dos meios precários de que dispunha, procurou dar resposta a situações dramáticas em consequência da guerra e da ocupação nazi em França.
         A sua paróquia de Noves encontrou nela uma excelente dinamizadora, quer na catequese, quer como animadora da liturgia, são-lhe também conhecidas outras iniciativas no âmbito da colaboração comunitária, facto sempre respeitado e acolhido pelos diferentes párocos que se sucederam na paróquia.
        Consciente da sua vocação baptismal, procurou viver este chamamento como leiga consagrada.
        Embora tratando-se de uma novidade na Igreja de então, Juliette Molland sentiu-se confirmada nesta vocação, tendo escrito as primeira Constituições daquele que viria a ser o Instituto Secular Feminino Caritas Christi, aberta a outras que quisessem partilhar esta novidade: ser leiga consagrada no meio do mundo. Além deste texto deixou outras escritas que reflectem misto de personalidade e princípios espirituais que marcaram a sua vida.
         Nesta Fundação contou com a colaboração preciosa do padre José Maria Perrin.
         Fundado em 1937, este Instituto está implantado em 40 nações de todos os continentes, contando mais de 1500 membros.
         Juliette Molland faleceu em 1979, tendo experimentado as provações próprias do sofrimento físico. Permaneceu contudo livre e desinteressada, espontânea e acolhedora, abandonando-se nas mãos do Senhor.
         O seu espírito pode resumir-se em parte nesta frase:
     "Não há sacrifícios, quando se ama; há só actos de amor."

    terça-feira, 10 de agosto de 2010

    Porto - As Francesinhas - Parte IV

         Após uma pausa volto com a passagem pelo Porto, para terminar com outra comida muito característica desta cidade, as francesinhas.
        
         "Os gelados, as pizzas e as massas sabem melhor em Itália, a picanha e o feijão sabem melhor no Brasil, o frango sabe melhor na República Dominicana e o arroz sabe melhor na China. O leitão tem um gostinho especial na Bairrada, não sendo assim de estranhar que as francesinhas saibam melhor no Porto.
         É curioso que ninguém tenha certezas plenas sobre onde e quando surgiu este petisco, embora exista uma história maioritariamente contada: as francesinhas teriam nascido na década de 1950, sob a batuta de um imigrante chegado de França, que decidiu adaptar o "croque-monsieur" aos gostos da cidade.
          Bastou então meio século para que esta espécie de sanduíche quente de carnes se tornasse um símbolo da cidade do Porto, superando mesmo as famosas tripas.
          Uma visita ao Porto não fica completa sem se provar uma francesinha (eu que o diga, e foi uma fantástica experiência de degustação), até aqui o único local onde ainda poderá encontrar as verdadeiras, feitas segundo a receita original (hoje já se encontra em várias cidades do nosso país, alguns restaurantes que servem esta iguaria, mas sinceramente, tradicionalmente só no Porto): duas fatias de pão cortado à mão que acolhem um recheio constituído por queijo flamengo, fiambre, salsicha fresca, um bifinho de vaca e linguiça ou mortadela, cobertos com queijo e gratinados, sendo posteriormente regados com um molho mágico. Mágico, porque é no molho que está o segredo, depois pode-se acompanhar com batata frita e para beber uma cerveja ou imperial bem fresquinha, mas atenção a quem quer fazer dieta, então não aconselho, pois é uma autentica "bomba" de calorias, mas visitar o Porto sem as provar... merece a pena o desvio na dieta (é só uma vez!)."

    Fonte de pesquisa: revista MSG (MAPFRE Seguros Gerais), 2002.

    António


        

    quinta-feira, 5 de agosto de 2010

    Carmen Miranda - Morreu a 5 de Agosto de 1955...



    http://antonioestevao.com/c/?p=viver-em-familia&ad=estrada
       
    A 5 de Agosto de 1955…

    » Letícia Amorim
    “Carmen era mais brasileira do que eu”, considera o brasileiro Ruy Castro, autor do livro “Carmen – uma biografia” e que caracteriza a artista como tendo “um talento inexplicável, de tão imenso”.
    Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu na freguesia de Várzea de Ovelha e Aliviada, concelho de Marco de Canaveses, mas foi para o Brasil, depois do pai, com menos de um ano e não mais voltou a Portugal.
    Primeiro, a partir do Brasil e, depois, da Broadway e de Hollywood, a “baiana” foi embaixadora do samba, pelo qual se apaixonou ainda nos tempos em que era costureira de chapéus e, depois, vendedora de gravatas.
    Antes dos 20 anos de idade, era cantora de música popular no Teatro Lírico e cedo chegou às estações de rádio e editoras discográficas.
    “Foi descoberta por um violonista. Ele a levou a um estúdio de gravação, ela gravou um disco e estourou.
    Tudo isso em menos de dois meses”, explicava o jornalista e escritor Ruy Castro ao Página1, na ocasião do centenário do nascimento de Carmen (9 de Fevereiro de 1909).
    “Nunca a vi. Só por revistas, que a minha tia mandava”, dizia, então, Maria da Graça, 85 anos, a prima de Carmen, que, com um outro primo nonagenário, são os únicos familiares vivos, em Portugal, da artista.




    Em declarações ao Página1, também há cerca de um ano e meio, Maria da Graça lamentava nunca ter conhecido pessoalmente a prima, de quem guardava uma memória baseada em relatos de quem a viu. “Os portugueses que estavam lá e vinham à terra diziam que ela era pequenina, mas usava uns sapatos muito altos.
    E que era linda… E famosa”, recordava.
    A octogenária lembra-se de ouvir um dos primeiros sucessos musicais da prima, “Thai”, mas nunca viu um filme de Carmen Miranda. Da sua filmografia fazem parte, pelo menos, duas dezenas de películas, sendo uma das mais conhecidas “Entre a Loura e a Morena”, de 1943.
    “Chegou a Hora da Fogueira” (1933) e “Alô, Alô, Brasil” (1934) foram outros grandes êxitos musicais, ambos com a participação de Mário Reis.
    Casou-se em 1947 com o americano David Sebastian, apontado por muitos como o responsável pelo início da sua decadência, muito por causa do seu excessivo consumo de álcool.
    A dependência química ditou a sua morte, como, aliás, aconteceu com Marilyn Monroe, que morreria exactamente sete anos depois. Contrariando uma ideia corrente, Ruy Castro considera que ambas “não foram incompreendidas” pela sociedade.
    Carmen foi encontrada morta no quarto, na sua casa de Beverly Hills, pela empregada. Tinha sofrido um colapso cardíaco fulminante. Era a noite de 5 de Agosto de 1955.



    Porto - "Porquê tripeiros? Tripas à moda do Porto." - Parte III

         Desde as suas origens, o Porto está intimamente ligado ao oceano Atlântico e ao rio Douro. Uma proximidade que fez com que, no século XIV, a cidade se tornasse o principal centro português de construção naval, por isso a Invicta desempenhou um papel de relevo na época dos Descobrimentos.
         Estávamos em 1415, ano que o Infante D. Henrique, nascido no Porto, organizou uma esquadra, visando juntar-se ao rei que o esperava em Lisboa para partir à conquista de Ceuta.
         Segundo reza a história, o povo ofereceu toda a carne que tinha aos expedicionários, ficando apenas com as tripas para alimentar os que não embarcaram.
          Nascia assim as famosas "Tripas à Moda do Porto" e, por arrastamento a alcunha de "tripeiros".

    Fonte de pesquisa: revista MSG (MAPFRE Seguros Gerais), 2002.

    Próximo Post: Parte IV - "As Francesinhas"
    António

    terça-feira, 3 de agosto de 2010

    Porto - "Os Rabelos e o vinho do Porto" - Parte II

    Continuação do post anterior:
      
     








     Falar do Porto sem referir o mundialmente afamado vinho e os barcos que originalmente o transportavam é tarefa quase impossível.
      
      O processo de produção do vinho do Porto inicia-se na Região Demarcada do Douro; E os vitivinicultores que tinham (e têm) as suas vinhas ao longo do rio Douro, comercializavam directamente a sua produção, mas grande parte do processo de envelhecimento tem lugar em Vila Nova de Gaia (agora cidade de Gaia), e, no passado, a única via de transportes do vinho era o próprio rio. Essa arriscada viagem era feita pelos barcos Rabelo, embarcações de fundo chato e vela quadrada de linho, que eram carregados com pipas até eles e levadas por carros de bois. Estes barcos eram construídos pelas mãos rudes dos próprios marinheiros, em qualquer local das margens, os Rabelos, eram feitos de madeiras como o castanho e o pinho, e, em pouco mais de dois meses, estavam prontos para ir para o rio.
         Parados desde 1965, são hoje um dos principais focos de curiosidade para quem visita o Porto, mas mesmo em fase de aposentadoria não deixam de ser a mais típica das embarcações fluviais portuguesas.

         Quanto ao vinho, estávamos no último quartel do século XVII, quando alguns comerciantes e viajantes estrangeiros começaram a aperceber-se das características singulares do néctar produzido na região. Não admira por isso, que tenha-mos firmas centenárias com nomes como Sandman (fundada em 1790, por George Sandman), a mais conhecida, a par do Porto Ferreira (a fundadora desta casa, a Ferreirinha, tem uma história muito interessante, e foi a mulher mais rica e poderosa da região, e com uma grande visão empresarial, a quem os ingleses chamaram de a Rainha do Douro), e do Porto Calém ou Croft (criada pela família Croft, em 1678).

    Fonte de pesquisa: revista MSG (MAPFRE Seguros Gerais), 2002.

    Próximo post: Parte III - "Porquê tripeiros? Tripas à moda do Porto."

    António

    domingo, 1 de agosto de 2010

    Porto - "A cidade redescoberta" - I

          No meu trabalho de arquivamento que estava a efectuar antes das minhas férias, trabalhei no dossier de arquivo sobre artigos da cidade do Porto.
    É uma cidade muito interessante de se visitar e conhecer (e pondo clubismos de parte, porque Portugal é Portugal), e tal como o post anterior, vou continuar a falar desta cidade, que já visitei várias vezes e sempre me deixou encantado por todas as coisas belas que vi e visitei.
         Por isso deixo mais alguns excertos de um artigo que encontrei da revista MSG (MAPFRE Seguros Gerais), pois nada melhor que eu, só profissionais para passar uma imagem e informação clara e objectiva.
         Os excertos que vou transcrever pertencem ao repórter Pedro Lopes e as fotografias que ilustram o artigo, são pertencentes ao Estúdio João Cupertino.
      
         Este artigo vem um ano depois da cidade do Porto ter sido Capital Europeia da Cultura em 2001, e que refere que para além de muitas obras ainda estarem por concluir, com mais ou menos buracos, não faltam motivos para visitarem a capital do Norte.
         Os textos estão ilustrados com várias fotos: a fachada do Mercado Ferreira Borges; o rio Douro e os barcos Rabelos; uma imponente escadaria de madeira no interior da Livraria Lello; uma imagem da Torre dos Clérigos (o edifício mais alto da cidade, 75 metros e uma escadaria de 240 degraus); a entrada do café Majestic; a cidade vista do rio; e um belo prato de francesinha (delícia!).

    Próximo post: Parte II - "Os Rabelos e o vinho do Porto"


    António

    terça-feira, 20 de julho de 2010

    "Mesas que falam em Silêncio"

    No meu trabalho de arquivo, encontrei mais um artigo "delicioso" de se ler, muito relacionado com o meu trabalho profissional, pois trata-se de acerca de uma biblioteca no Porto, mas neste artigo a importância não são os livros, mas os riscos, as palavras, textos e outras coisas mais deixadas/riscadas nos tampos das mesas, nas longas esperas em silêncio, por um livro.
    O artigo está bem ilustrado com a Biblioteca, (Biblioteca Pública Municipal do Porto), mas os livros pouco importam.
    De um artigo grande desta revista (Revista Notícias Magazine), em que transcreve muitas das coisas rabiscadas, faço a transcrição do título e subtítulo e de um poema a que foi dado o nome de
    Poema de Contradições.
    Título: "Mesas que falam em silêncio"
    Subtítulo: "No silêncio da Biblioteca Pública Municipal do Porto riscam-se as mesas. (...) São palavras desenhos infindáveis. Um espaço a descobrir."
    Poema de Contradições:
    "Estava um jovem já velho
    sentado de pé
    num banco de pedra feito de madeira
    a ler um jornal sem letras 
    à luz de uma vela apagada
    perto dele um caracol descia rapidamente pela grade acima
    então ajustando os óculos para ouvir melhor
    calado disse: o mundo é uma bola quadrada, que gira parada à volta do sol.
    Em conclusão: mais vale morrer que perder a vida."
    (in revista Notícias Magazine, s.d. (sem data)
    Texto de  Eugénio Pinto
    Fotografias de Augusto Baptista)

    Quem sabe se no meio de tantos rabiscos não está um futuro poeta ou filósofo!?

    António

    domingo, 18 de julho de 2010

    Universidade em Torres Vedras!

    Estava eu a trabalhar nos arquivos da Biblioteca do Externato de Penafirme, quando encontro um artigo da revista do Expresso (pp 102-103) de 24 de Fevereiro de 1996, que me deixou "triste" com os torrienses de uma dada época.

    Reportamos-nos ao ano de 1531, em que após várias mudanças do local da universidade, entre Lisboa e Coimbra, quando o Rei D. João III, por ver dificuldades de fixar a universidade numa destas cidades, pensou em Torres Vedras.
    Transcrevo em baixo o excerto do artigo deste episódio, e que impediu que hoje a nossa cidade fosse o centro do Ensino e Cultura de Portugal.
    "Desde 1531 que o rei (D. João III) quer fazer sair a universidade de Lisboa. Pensa em Torres Vedras.Os torrienses deitam as mãos à cabeça. Políticos locais, as forças vivas, vereadores, procurador e homens bons, fazem forças de bloqueio à intenção majestática, apelam ao rei. Lacrimejam com as necessidades, a pobreza da vila, concluindo:"(...) pelo que pedimos por mercê a Vossa Alteza que haja por bem o Estudo se mudar para outra parte."
    E assim Torres Vedras não ficou com a universidade, indo então definitivamente para Coimbra.

    Imaginem se o "homens bons" de Torres Vedras, de 1500, tivessem outra visão, como seria Torres Vedras hoje!?
    António