terça-feira, 20 de julho de 2010

"Mesas que falam em Silêncio"

No meu trabalho de arquivo, encontrei mais um artigo "delicioso" de se ler, muito relacionado com o meu trabalho profissional, pois trata-se de acerca de uma biblioteca no Porto, mas neste artigo a importância não são os livros, mas os riscos, as palavras, textos e outras coisas mais deixadas/riscadas nos tampos das mesas, nas longas esperas em silêncio, por um livro.
O artigo está bem ilustrado com a Biblioteca, (Biblioteca Pública Municipal do Porto), mas os livros pouco importam.
De um artigo grande desta revista (Revista Notícias Magazine), em que transcreve muitas das coisas rabiscadas, faço a transcrição do título e subtítulo e de um poema a que foi dado o nome de
Poema de Contradições.
Título: "Mesas que falam em silêncio"
Subtítulo: "No silêncio da Biblioteca Pública Municipal do Porto riscam-se as mesas. (...) São palavras desenhos infindáveis. Um espaço a descobrir."
Poema de Contradições:
"Estava um jovem já velho
sentado de pé
num banco de pedra feito de madeira
a ler um jornal sem letras 
à luz de uma vela apagada
perto dele um caracol descia rapidamente pela grade acima
então ajustando os óculos para ouvir melhor
calado disse: o mundo é uma bola quadrada, que gira parada à volta do sol.
Em conclusão: mais vale morrer que perder a vida."
(in revista Notícias Magazine, s.d. (sem data)
Texto de  Eugénio Pinto
Fotografias de Augusto Baptista)

Quem sabe se no meio de tantos rabiscos não está um futuro poeta ou filósofo!?

António

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