Carnaval mais português de Portugal só em Torres Vedras
Hoje é domingo de carnaval e como torriense que sou só podia ir para ao grande carnaval de Torres Vedras, o mais português de Portugal!
Tarde de domingo cheio de folia, com as ruas super cheias de todo o tipo de máscaras, mas com o Tema Amor em foco!
Com os Reis do Entrudo, sempre dois homens torrienses, este ano com os invulgares nomes de Dom Tintol Ama Troika Jamais e Dona Alvarinha Lovestory de Tanguinha.
As “matrafonas” homens vestidos de mulher.
E milhares de mascarados sempre a dançar, pular e cantar…e copos na mão!
Estou lá sempre com muita animação! Este ano estive mais comedido e só um chapeuzinho com um coração e uns óculos a fingir! Mas não podia faltar!
Depois para animar esteve presente um canal televisivo, a Sic, que com o apresentador João Baião, que trouxe uma animação adicional!
Quem não conhece ainda este fantástico Carnaval convido a vir ainda este ano ou então para o próximo!
História e a tradição do Carnaval de Torres Vedras
A tradição de cá diz que foi em 1923 que se iniciou a tradição de fazer a receção ao Rei do Carnaval, "chegando no comboio, após o que percorreu as ruas da Vila, integrado num cortejo".
A Rainha surgiu pela primeira vez no Carnaval de 1924, ano em que se atingiu uma animação de rua nunca antes vista.
A persistência do modelo dos "Reis do Carnaval" de Torres é surpreendente pela sua composição (sempre dois homens, por razões que a tradição social explica), pela pose sarcasticamente grandiloquente, pelos adereços desconcertantes ou pela sua afirmação como referência a foliões.
As "matrafonas"
As "matrafonas", sendo um dos símbolos fortes do Carnaval de Torres, demonstram a capacidade de renovação assegurando a fidelidade à tradição.
Os grupos de "matrafonas", homens mascarados de mulher, surgem por volta de 1926, segundo testemunho oral.
Esses grupos "mais não eram do que indivíduos que vestiam um fato de mulher - mas que não ficava bem a senhora nenhuma, procuravam era vestir um fato que lhes ficasse horrivelmente mal e feio".
Inicialmente, esses homens eram homens do campo, com poucas posses para comprarem máscaras e recorriam às roupas velhas das mulheres lá de casa, usando caraças feitas com caixas de sapatos *.
As "matrafonas" persistem no Carnaval de Torres porque se tornaram num dos seus ícones mais fortes e atualizam a sua sátira.
Não se confundindo nunca com um travesti, as "matrafonas" ora satirizam alguns dos toques femininos mais vulgarizados, ora dão uma visão da mulher, nem sempre inocente e nunca isenta, na ótica masculina.
A Organização quer se candidatar a Património Imaterial da Humanidade, pela idade desde os inícios do século XX e pela tradição que nunca mudou, mantendo sempre as suas regras!
E o Carnaval são três dias e em Torres Vedras são seis!
Faz parte do meu grupo e para o próximo ano iremos dar azo a nossa Folia!
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