Segurança: Furto de dados bancários sobe 600% em apenas nove meses
São cada vez mais os casos de piratas informáticos que lançam programas na internet para conseguir obter os dados bancários dos portugueses. Portugal está em sexto lugar na lista de países europeus mais vulneráveis ao roubo de dados pessoais.Segundo os dados da Panda Security – empresa especializada a nível mundial em antivírus – só em Junho deste ano e só em Portugal foram detectadas 1438 infecções deste tipo. A liderar a tabela está a Espanha, com 2600 infecções nesse mês.
Os especialistas em segurança informática admitem que o roubo de identidade tem tendência para crescer em tempos de crise económica. Desde o início do ano, o número de vítimas de programas desenhados para obter informação pessoal e os dados bancários aumentou 600%. Para Luís Corrons, director técnico do PandaLabs, para além da crise económica, há que ter em conta "o grande negócio de venda de informação privada no mercado negro, como números de cartões de crédito, contas do Paypal ou do Ebay". Os dados de um cartão de crédito roubado são vendidos no mercado negro por apenas três euros.
Os piratas informáticos também estão a ser cada vez mais imaginativos na forma como obtêm os dados. Em Espanha, os piratas meteram a circular um e-mail fraudulento em nome do Fisco, que oferecia um reembolso de impostos em troca de informação pessoal. Em Portugal, a CGD é alvo de vários ataques que enganam os seus clientes a dar o número do cartão de crédito.
REDES SOCIAIS PERIGOSAS
No passado as tentativas de roubo de dados confidenciais limitavam--se ao e-mail ou vírus informáticos que se transmitiam apenas por correio electrónico. Agora outros métodos estão a ser utilizados.
Twitter ou Facebook – redes sociais on-line muito populares entre os mais jovens, mas não só – estão cheias de mensagens falsas que tentam ‘pregar rasteiras’ levando o utilizador a preencher todos os seus dados bancários.
Nem as organizações não-governamentais, que recolhem donativos através da internet, escapam aos ataques informáticos. O envio de SMS para telemóveis dos clientes a solicitar os dados, como se se tratasse do banco, também se está a tornar numa armadilha cada vez mais comum no País. Por norma, as vítimas só se apercebem que foram enganadas quando já é demasiado tarde.
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