sábado, 15 de janeiro de 2011

A Wikipédia faz 10 anos hoje!

 10 anos de enciclopédia livre online

A 15 de Janeiro de 2001 nascia nos Estados Unidos a Wikipedia, uma enciclopédia online que se anunciava livre e que seria "construída" com o contributo de quem estivesse interessado em participar. Hoje o recurso é usado por 400 milhões de utilizadores e alimentado por cerca de 100 mil voluntários, constando da lista dos cinco sites mais visitados em todo o mundo.

De acordo com as últimas contagens citadas pela imprensa, Wikipedia dispõe de mais de 17 milhões de entradas disponíveis nas 272 línguas ou dialectos em que está escrita e que irão continuar a aumentar durante os próximos tempos, "por forma a contribuir para facilitar o acesso à informação", referia Jimmy Wales, seu criador, recentemente.

O número total de páginas ronda os 58 milhões e inclui imagens, páginas de utilizadores, páginas de discussão, categorias, predefinições, páginas de gestão dos projectos, etc.

A versão inglesa é a mais participada, com cerca de 3,5 milhões de artigos, o que "traduzido" em livro daria algo como 1.450 volumes, com 1,6 milhões de palavras cada um. Sem parar para comer nem dormir, e a uma média de 300 palavras lidas por minuto, a versão inglesa da Wikipedia levaria 14 anos a ser lida. Se o leitor preferisse parar para descansar e alimentar-se.

A Wikipedia em alemão é a segunda mais participada, com 1,1 milhões de artigos, e a edição em francês é a terceira, com pouco mais de um milhão de artigos. A versão em português surge na oitava posição, com um total a rondar os 667 mil artigos.

Em média, a cada 30 dias, a Wikipedia vê serem-lhe acrescentados 30 milhões de vocábulos.








quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ensino - A Liberdade está em perigo!


O Estado não deve financiar as ESCOLAS; o Estado deve financiar as FAMÍLIAS
Qual é a razão porque o Estado português continua a não respeitar o direito à liberdade de aprender
e ensinar? Porque é que os governos do pós-25 de Abril mantêm a ideia do “Estado Educador” que caracterizava o Estado Novo? Porque é que tantos portugueses consideram que o serviço público de educação só pode ser prestado pelas escolas de que o Estado é dono (vulgo “escolas públicas”)?

Diz o artigo 26.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem: “Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos”. E o artigo 16.º da Constituição da República Portuguesa afirma que os preceitos constitucionais e legais relativos aos direitos fundamentais devem ser interpretados e integrados de harmonia com esta Declaração Universal dos Direitos do Homem. Porque não são cumpridos estes preceitos?

Porque é que muitos portugueses continuam a ser dominados por uma cultura que não respeita os Direitos do Homem? E, dessa forma, continuem a existir em Portugal todas as condições para a democracia poder vir a ser posta em causa? Porque é que os nossos dirigentes políticos são os primeiros a querer tornar o que é público em espaços de falta de liberdade?

Todos percebemos que os preceitos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e da Constituição da República Portuguesa só se cumprem se duas condições forem plenamente satisfeitas. Primeiro, o ensino obrigatório for universal e gratuito em todas as escolas que prestam um serviço público de educação, sendo que este tanto pode ser prestado nas escolas que têm o Estado como dono (vulgo “escolas públicas”) como não (escolas privadas). Segundo, se os alunos e as suas famílias puderem escolher livremente a escola, com o financiamento do Estado a ir “atrás”do aluno para a escola por eles escolhida. Note-se que, nestas escolas da rede pública, são os alunos e as famílias que devem poder a escola e não o contrário. Quando a procura de uma determinada escola for superior às vagas, a selecção tem de ser feita por “lotaria”, depois de se aplicarem as prioridades habituais em função da vizinhança, presença de irmãos, etc. …

Acontece que o exercício do direito à educação exige o dispêndio de recursos económicos. Ora, se não for o financiamento do Estado, com o dinheiro dos impostos cobrados aos cidadãos, muitas crianças e jovens ficam sem acesso a esse direito. Mas quem é que tem de ser financiado? Quem precisa, que são as crianças e os jovens (isto é as famílias) e não as escolas.

O Estado entrega o dinheiro às escolas e não às famílias (para entregarem às escolas) porque é mais fácil sob o ponto de vista administrativo. Mas o objectivo é apoiar as famílias! Perder a noção do verdadeiro objectivo do financiamento do Estado explica que muitos pensem que o apoio é dado às escolas e não às famílias. E, pensando assim, são levados a entender que o Estado deve financiar todas as escolas de que ele é dono (as chamadas “públicas”), mesmo aquelas que os alunos rejeitariam se tivessem liberdade de escolha, mas não deve ser obrigado a financiar escolas de que não é dono (privadas), mesmo aquelas que os alunos prefeririam se tivessem liberdade de escolha. O Estado considerar que as suas iniciativas são mais valiosas do que as iniciativas dos cidadãos é a visão típica dos inimigos da liberdade. Infelizmente ainda há muitos portugueses que assim pensam. É a visão que alimenta todos os regimes totalitários.

Não nos deixemos enganar! Reparem que todos os regimes totalitários são contra a liberdade de educação. E são também os cidadãos que ainda não se libertaram das ideologias intolerantes que marcaram o passado das suas vidas. Talvez não percebam, mas os inimigos da liberdade de educação que por aí andam são, infelizmente para eles e para nós, inimigos da liberdade.

Confundir financiamento às famílias com apoio às escolas, sejam elas de propriedade do Estado ou privadas, está na origem de muita confusão, sendo, por isso, uma forma perversa e enganadora de colocar a questão do financiamento do direito á educação. Sejamos claros: Sem liberdade de educação, todas as outras liberdades têm tendência a definhar, começando pelas liberdades de pensamento, de consciência, de religião e de expressão.

Sem liberdade de educação, nunca teremos uma cultura de verdadeira liberdade em Portugal e o risco de a democracia não se consolidar estará sempre presente.


O Estado considerar que as suas iniciativas são mais valiosas do que as iniciativas dos cidadãos é a visão típica dos inimigos da liberdade

Fernando Adão da Fonseca








Presidente do Fórum Liberdade de Educação  

sábado, 1 de janeiro de 2011

Brigadas da ASAE também "controlam" Internet

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) revelou que tem, permanentemente, uma brigada a controlar as vendas online, mostrando estar atenta ao "mundo da net". Só este ano esta unidade fez mais de 100 detenções.

As declarações são de António Nunes, inspector-geral, citado pela Lusa, que falava a propósito do quinto aniversário da ASAE, assinalado esta sexta-feira, e que garantiu que o "mundo do WWW" é um dos novos desafios deste organismo do Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento.

O responsável admite que há dificuldade em arranjar inspectores que dominem o universo da Internet, "porque é um meio muito específico". "Precisamos de ter mais inspectores que dominem as ferramentas informáticas, com uma profundidade maior do que a que temos", mas mesmo assim "estamos a controlar as vendas à distância", assegura.

António Nunes diz que este controlo dá frutos regularmente, como as 120 detenções de pessoas que tentaram vender bilhetes online.

A comercialização de produtos - do "caseiro" mel, ao doce da avó, passando pelos colares e outras manifestações artesanais - sem o devido registo é "uma irregularidade" que a ASAE garante estar igualmente a seguir.

Desde que foi criada, e até 30 de Novembro deste ano, a ASAE realizou quase 30 mil operações, fez 4.065 detenções, fiscalizou perto de 200 mil operadores (existem 700 mil em Portugal), registou 79.641 infracções e apreendeu material no valor de 113 milhões de euros, nomeadamente mais de 400 mil CD e DVD piratas.