sábado, 24 de novembro de 2012

Cem Anos de Jorge Amado (100 anos)



Cem Anos de Jorge Amado


Este ano de 2012 Jorge Amado, se fosse vivo faria 100 anos (cem anos), muitas cerimónias de homenagem a este grande escritor que infelizmente não recebeu nenhum Nobel da Literatura e que lhe era merecido!

Onde trabalho, na biblioteca do Externato de Penafirme, também se assina-la o seu centenário com uma exposição no placar da sua biografia e alguns dos livros que escreveu e da coleção praticamente toda que temos na nossa escola. Em que os livros mais lidos aqui são “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, e “Capitães de Areia”.

 












No Brasil, a Presidente Dilma Rousseff, no Dia Nacional da Cultura, homenageou o escritor e músico popular Luiz Gonzaga (que também faria cem anos de idade), dizendo “Já não estão connosco, mas deixaram um legado que nos marca para sempre” e “permite conhecer melhor o Brasil”, um país cuja cultura tem por principal caraterística a “diversidade”. Numa cerimónia no palácio presidencial, em Brasília. Segundo a Chefe de Estado, “a cultura é intemporal, mas reflete o momento histórico, mais do que qualquer outra manifestação humana”. Esta é uma caraterística presente, quer na obra de Jorge Amado, quer na herança musical de Gonzaga.

Grande amigo de Portugal, que visitou várias vezes… 

Abaixo escrevo uma biografia do escritor retirada do site da Infopédia, da Porto Editora.

 
O Ficcionista brasileiro de renome internacional, Jorge Amado nasceu em 10 de Agosto 1912, numa fazenda de cacau, Fazenda Aricídia, no município de Itabuna, no sul do estado da Bahia, e faleceu a 6 de agosto de 2001. Viveu uma adolescência agitada, primeiro, na Baía, no início dos seus estudos, depois no Rio de Janeiro, onde se formou em Direito e começou a dedicar-se ao jornalismo. Estreou-se como romancista com O País do Carnaval (1931), Cacau (1933), Suor (1934), seguindo-se Terras do Sem Fim (1943) e S. Jorge dos Ilhéus (1944). A sua marcada oposição à situação política vivida no Brasil levou-o ao exílio por duas vezes, a primeira em 1941, tendo regressado em 1942, e a segunda em 1948, por um período de quatro anos. Durante o exílio, viajou para países como Argentina (Buenos Aires), onde escreveu O Cavaleiro da Esperança (1942), biografia de Carlos Prestes, França, União Soviética, China, Mongólia, entre outros países, tendo estado também no Médio Oriente. Em 1951 recebeu o Prémio Estaline, com a designação de «Prémio Internacional da Paz». Os problemas sociais orientam a sua obra, mas o seu talento de escritor afirma-se numa linguagem rica de elementos populares e folclóricos e de grande conteúdo humano. A sua obra tem toques de picaresco, sem perder a essência crítica e a poética. Além das já citadas, referimos, na sua vasta produção: Jubiabá (1935), Mar Morto (1936), Capitães da Areia (1937), Seara Vermelha (1946), Os Subterrâneos da Liberdade (1952). Mas é com Gabriela, Cravo e Canela (1958), Os Velhos Marinheiros (1961), Os Pastores da Noite (1964) e Dona Flor e os Seus Dois Maridos (1966) em que o romancista põe, de certa forma, de parte a faceta politizante inicial e se volta para temas como a infância, a música, o misticismo popular, a turbulência popular e a vagabundagem, numa linguagem de sabor poético, humorista, renovada com recursos da tradição clássica ligados aos processos da novela picaresca. O seu sentimento humano e o amor à terra natal inspiram textos onde é evidente a beleza da paisagem, a tradição cultural e popular, os problemas humanos e sociais - uma infância abandonada e culpada de delitos, o cais com as suas misérias, a vida difícil do negro da cidade, a seca, o cangaço, o trabalhador explorado da cidade e do campo, o "coronelismo" feudal latifundiário perpassam significativamente na obra deste romancista dos maiores do Brasil e dos mais conhecidos no mundo. Fecundo contador de histórias regionais, Jorge Amado definiu-se, um dia, «apenas no baiano romântico, contador de histórias». «Definição justa, pois resume o carácter do romancista voltado para exemplos de atitudes vitais: românticas e sensuais... a que, uma vez por outra, empresta matizes políticos...», como diz Alfredo Bosi em História Concisa da Literatura Brasileira. Foi-lhe atribuído o Prémio Camões em 1994.

Bibliografia de Jorge Amado

1 - O País do Carnaval
2 - Cacau
3 - Suor
4 - Jubiabá
5 - Mar Morto
6 - Capitães de Areia
7 - ABC de Castro Alves
8 - Terras do Sem Fim
9 - O Cavaleiro da Esperança
10 - São Jorge de Ilhéus
11 - Bahia de todos os santos
12 - O amor do soldado
13 - Seara Vermelha
14 - Os Subterrâneos da Liberdade (Os ásperos tempos, Agonia da noite e A Luz do Túnel)
15 - Gabriela Cravo e Canela
16 - A Morte e a Morte de Quincas Berro D'água
17 - Os Velhos marinheiros
18 - Os Pastores da Noite
19 - Dona Flor e seus dois maridos
20 - Tenda dos Milagres
21 - Tereza Batista Cansada de Guerra
22 - O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
23 - Tieta do Agreste
24 - Farda, Fardão e Camisola de Dormir
25 - As Mortes e o Triunfo de Rosalina
26 - Estrada do Mar
27 - Philadelpho
28 - De como Mulato Porciúnculo Descarregou seu Defunto
29 - O Mundo da Paz
30 - O Menino Grapiúna
31 - A Bola e o Goleiro
32 - Tocaia Grande
33 - Senhor
34 - Berro D' água
35 - O Solar dos Azulejos
36 - O Sumiço da Santa
37 - A Apostasia Universal de Água Brusca
O livro mais marcante do escritor



 





Sem comentários: