domingo, 6 de novembro de 2011

História da Beleza


Idealização da mulher
Ao longo da história, o papel da mulher teve vários sentidos e significados, bons ou ruins, mas sempre importantes, pois são bastante significativos na proliferação e perpetuidade da raça humana; Além disso, estamos nos referindo a idealização da estética aparente e moral.
Na pré-história, a mulher tinha um significado: para os homens, a mulher significava uma divindade da fertilidade e da perpetuidade; Pois acreditava-se que a gestação dava-se por circunstâncias milagrosas, traduzindo forças do além. Pela ideia de fertilidade e perpetuidade, o homem antigo deveria proteger a mulher, ou seja, o homem forneceria a comida através da caça, enquanto a mulher seria responsável pela fertilidade e governo familiar; essa ideia de valorização do género feminino originou um dos primeiros sentimentos religiosos: sobre a Deusa mãe, que não só representava a fertilidade, como todo o ciclo da natureza e a adoração da terra …
Um fato curioso, é que de acordo a pré-história e a idade antiga, a mulher aparentemente bonita, deveria ser bem gorda, ou seja, esse privilégio só seria de mulheres sadias que teriam a oportunidade de acentuar seus potenciais de fertilidade e volume corpos com sinais de fertilidade, veja a Vénus de Willendorf:
Os estudiosos afirmam que os seios, a vulva e os quadris bem volumosos representariam a fertilidade; enquanto os braços mais finos e sutis representariam delicadeza física dada ao sedentarismo pela dedicação ao governo familiar. Essa seria a ideia dos povos antigos da mulher ideal;
 
Infelizmente, a mulher passou por um período de desvalorização na Grécia antiga; A sua delicadeza física viria a desvaloriza-la perante a sociedade e até por isso, desfigurar sua capacidade intelectual e filosófica.
Como se não bastasse, as religiões de origem hebraica, principalmente o judaísmo, consideraram a mulher como uma posse comparável a outras, “vide êxodo 20:17-Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.”
 Na idade média a situação da mulher ficou totalmente deturpada: o catolicismo era muito dogmático e a sua interpretação sobre a mulher não era nada justa; a mulher era considerada como o maior alvo de incorporação demoníaca por ser culpada pelo pecado original “vide Eva”; por isso elas não deveriam ter nenhum privilégio: deveriam se manter virgens até o casamento, manterem-se afastadas do clero para evitar a “pecaminosidade do celibato”, A mulher só estaria livre da incorporação demoníaca quando se casasse ou virasse freira, e para completar, livre da “sujeição demoníaca” ela deveria trabalhar intensamente até o final de sua vida sem direito a nenhuma gratidão.
Ao longo da história, e no período moderno as coisas foram repensadas, e a mulher voltou a ter um patamar significativo e reconhecido perante a sociedade; Com o passar do tempo, a mulher lutou pelos seus direitos em um referencial racional, hoje nos deparamos com uma sociedade onde é comum se encontrar mulheres independentes e intelectualmente formadas. Hoje não existe mais distinção entre trabalho específico para mulher ou para o homem, porque ambos tem direitos iguais e uma mulher de hoje pode fazer o que antigamente não fazia!

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