quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Carmen Miranda - Morreu a 5 de Agosto de 1955...



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A 5 de Agosto de 1955…

» Letícia Amorim
“Carmen era mais brasileira do que eu”, considera o brasileiro Ruy Castro, autor do livro “Carmen – uma biografia” e que caracteriza a artista como tendo “um talento inexplicável, de tão imenso”.
Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu na freguesia de Várzea de Ovelha e Aliviada, concelho de Marco de Canaveses, mas foi para o Brasil, depois do pai, com menos de um ano e não mais voltou a Portugal.
Primeiro, a partir do Brasil e, depois, da Broadway e de Hollywood, a “baiana” foi embaixadora do samba, pelo qual se apaixonou ainda nos tempos em que era costureira de chapéus e, depois, vendedora de gravatas.
Antes dos 20 anos de idade, era cantora de música popular no Teatro Lírico e cedo chegou às estações de rádio e editoras discográficas.
“Foi descoberta por um violonista. Ele a levou a um estúdio de gravação, ela gravou um disco e estourou.
Tudo isso em menos de dois meses”, explicava o jornalista e escritor Ruy Castro ao Página1, na ocasião do centenário do nascimento de Carmen (9 de Fevereiro de 1909).
“Nunca a vi. Só por revistas, que a minha tia mandava”, dizia, então, Maria da Graça, 85 anos, a prima de Carmen, que, com um outro primo nonagenário, são os únicos familiares vivos, em Portugal, da artista.




Em declarações ao Página1, também há cerca de um ano e meio, Maria da Graça lamentava nunca ter conhecido pessoalmente a prima, de quem guardava uma memória baseada em relatos de quem a viu. “Os portugueses que estavam lá e vinham à terra diziam que ela era pequenina, mas usava uns sapatos muito altos.
E que era linda… E famosa”, recordava.
A octogenária lembra-se de ouvir um dos primeiros sucessos musicais da prima, “Thai”, mas nunca viu um filme de Carmen Miranda. Da sua filmografia fazem parte, pelo menos, duas dezenas de películas, sendo uma das mais conhecidas “Entre a Loura e a Morena”, de 1943.
“Chegou a Hora da Fogueira” (1933) e “Alô, Alô, Brasil” (1934) foram outros grandes êxitos musicais, ambos com a participação de Mário Reis.
Casou-se em 1947 com o americano David Sebastian, apontado por muitos como o responsável pelo início da sua decadência, muito por causa do seu excessivo consumo de álcool.
A dependência química ditou a sua morte, como, aliás, aconteceu com Marilyn Monroe, que morreria exactamente sete anos depois. Contrariando uma ideia corrente, Ruy Castro considera que ambas “não foram incompreendidas” pela sociedade.
Carmen foi encontrada morta no quarto, na sua casa de Beverly Hills, pela empregada. Tinha sofrido um colapso cardíaco fulminante. Era a noite de 5 de Agosto de 1955.



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